Charlie Kirk: Um Homem na Arena
- Abigail Dodds
- 12 de set.
- 4 min de leitura
Chegamos a um Ponto de Virada
Por Abigail Dodds
Charlie Kirk foi brutalmente assassinado ontem em Utah enquanto debatia com estudantes universitários sobre as grandes questões do nosso tempo, aplicando a verdade de Deus às sórdidas realidades da nossa era com sua característica coragem e entusiasmo. Como mãe de três universitários, passo bastante tempo conversando em particular com meus filhos e os amigos deles sobre o cenário em que vivem e o que fazer diante dele, então sei que Charlie Kirk era muito mais do que um analista político ou um militante de base. Ele foi um mentor e irmão em Cristo para muitos jovens que jamais o encontraram pessoalmente. Ele foi um ponto singular de clareza e luz que penetrava no lugar mais escuro e aparentemente impenetrável — o campus universitário capturado pela esquerda.
No início desta semana, meu filho de 19 anos estava trabalhando na recitação de trechos do discurso O Homem na Arena, de Teddy Roosevelt, para uma aula da faculdade. Ele me disse que eu precisava ler o discurso inteiro, e não apenas ouvir os trechos que ele estava praticando; então, é claro, fiz minha lição de casa. Em retrospecto, parece que estava lendo um discurso escrito há 115 anos com uma semelhança impressionante a Charles James Kirk. Roosevelt disse, de forma célebre:
Não é o crítico que conta; não é o homem que aponta como o homem forte tropeça, ou onde o realizador de feitos poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que falha repetidas vezes, porque não há esforço sem erro e sem insuficiência; mas que, de fato, se esforça para realizar as obras; que conhece os grandes entusiasmos, as grandes devoções; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece ao fim o triunfo da grande conquista, e que, na pior, se falhar, pelo menos falha ousando grandemente, de modo que seu lugar jamais será com aquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem vitória nem derrota.
Em sua curta vida de 31 anos, Charlie viveu na arena. Ele a fez sua casa. Convidou outros a se juntarem a ele ali — desempenhando o trabalho de evangelista, apologista, pastor e profeta sob a forma de engajamento político. Ele sabia que a política de nossos dias abarca toda a vida; não é uma zona isolada e repulsiva da qual os cristãos “superespirituais” devem se afastar. Pelo contrário, a política diz respeito às nossas crenças mais fundamentais sobre a realidade. E falhar em se engajar politicamente é falhar em viver como cristão. Durante a última década de incertezas sociais, todos nós assistimos homens sendo postos à prova — nossos pastores, líderes empresariais, representantes estaduais e locais — e todos nos sentimos desapontados quando homens que deveriam ter se mantido firmes, que deveriam ter resistido, que deveriam ter suportado os golpes, que deveriam ter respondido com a verdade impopular, que deveriam ter sido perspicazes, em vez disso se acovardaram, cederam ou, pior ainda, se juntaram ao time errado. Talvez você tenha sido um desses homens. Mas Charlie não foi.
Roosevelt disse: “É o hotspur calejado de guerra, exausto da dura luta, aquele de muitos erros e de um fim valente, sobre cuja memória gostamos de nos demorar, não sobre a memória do jovem lorde que ‘não fosse pelas vis armas teria sido um valente soldado.’” Não considero Charlie Kirk um homem “de muitos erros”, mas sua vida foi de luta árdua, seu fim foi valente, e amaremos nos demorar por muito tempo em sua memória. Ele serve de repreensão a todos os cínicos, críticos e covardes que nunca encontram o caminho para a arena real, mas que iniciam cada opinião com “Eu não concordava com ele nisso, naquilo, e naquilo outro, mas…” e “Ele poderia ter usado um pouco mais de nuance aqui…” Este é o tempo em que os homens pequenos devem encolher ainda mais em sua pequenez, e os grandes homens devem se erguer, ignorando completamente e passando por cima dos ensaios mesquinhos dos críticos a caminho da arena. Que Deus nos dê milhares e milhares de homens como Charlie Kirk e nos proteja dos covardes cuja pusilanimidade se revela em grande escala na voz passiva do New York Times.
Mas as mulheres também têm um papel. Devemos ser esposas, irmãs, mães e filhas de valor. Não devemos segurar os braços de nossos homens, tentando mantê-los fora da arena. Não, nós os enviamos. Colocamos confiança em seus corações. Lembramos a eles para o que foram feitos, e torcemos com todas as nossas forças. Trabalhamos o máximo possível para tornar seus lares vibrantes, felizes e dignos de serem defendidos; alimentamos e cuidamos de seus filhos, admiramos sua força, e depositamos cada fragmento de nossa confiança e esperança no Deus cuja causa servimos. É o Senhor Jesus quem nos capacita a jamais temer qualquer coisa assustadora. A esposa de Charlie, Erika, parecia ter dominado essa virtude, e fazemos bem em imitá-la.
Chegamos a um ponto de virada. As palavras de Roosevelt soam profeticamente para nós:
“A questão não deve ser meramente: haverá paz ou guerra? A questão deve ser: é justo prevalecer? As grandes leis da retidão serão mais uma vez cumpridas? E a resposta de um povo forte e viril deve ser: ‘Sim’, custe o que custar.”
Que Deus nos dê a firmeza para viver com retidão por meio de seu Filho, Jesus. Que Ele nos capacite mais uma vez, por seu Espírito, a nos entregarmos a uma causa digna, como nosso irmão que nos precedeu fez. Descanse em paz, Charlie Kirk.
(Esse texto de Abigail Dodds foi publicado originalmente em inglês no portal AmericanReformer.org e traduzido com permissão. Você pode acessar o texto original no site do portal American Reformer aqui.)
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