Gênesis Aconteceu Mesmo?
- Éden Publicações

- 16 de jul.
- 4 min de leitura
Em uma manhã comum de domingo, a sala da escola dominical cheia, um adolescente atento pergunta com sinceridade desconcertante:
“Se o universo tem bilhões de anos, como é que Adão e Eva cabem nessa história?”
O professor, bem-intencionado, responde com aquilo que muitos hoje repetem:
“Talvez Deus tenha usado o Big Bang e a evolução como meio para criar o mundo. O importante é crer que Ele está por trás de tudo".
Parece conciliador, parece sábio, mas é um ponto de ruptura.
O que parece uma resposta “segura” e “moderna” é, na verdade, uma abertura sorrateira para um colapso completo da confiança na Escritura. E, infelizmente, essa não é uma história isolada.

A dúvida ainda começa no Éden
“Foi assim que Deus disse?” (Gênesis 3.1)... assim começou a queda. A estratégia de Satanás continua a mesma. Se ele conseguir semear dúvida quanto à Palavra de Deus, ele pavimenta o caminho para a rebelião contra o próprio Deus.
É por isso que os primeiros capítulos de Gênesis são alvo constante de ataques. Não é apenas uma questão de origem do mundo, mas uma questão de autoridade.
Se o começo é questionável, o todo é questionável.
Quando o povo de Deus cede à ideia de que Gênesis é simbólico, ou que os dias da criação são “eras”, ou que a evolução é compatível com a fé bíblica, o que está em jogo não é apenas uma interpretação alternativa.
O que está em jogo é a suficiência e a inerrância da Escritura.
O que está em jogo
Gênesis não é um anexo: é a fundação da revelação bíblica. É nele que aprendemos:
A natureza de Deus como Criador soberano e pessoal;
O homem como sendo uma criação intencional, feito à imagem e semelhança de Deus;
A realidade do pecado e da morte como juízo;
A base do casamento, da família e da sexualidade;
A necessidade de redenção diante de uma queda histórica.
Negar o Gênesis literal é como serrar a viga mestra do telhado e depois se assustar com a casa desmoronando.
Mas não é exatamente isso que temos visto?
A mentira elegante do evolucionismo teísta
Um dos enganos mais sofisticados da atualidade é a tentativa de misturar a narrativa bíblica com os postulados da ciência naturalista. Muitos hoje afirmam: “A Bíblia nos diz o porquê, a ciência nos mostra o como”.
Parece equilibrado, mas essa é uma falsa dicotomia.
A teoria do Big Bang e a macroevolução naturalista não são apenas modelos neutros de observação científica, são interpretações baseadas em pressupostos materialistas, construídas deliberadamente para excluir Deus.
Aceitá-las como “instrumentos de Deus” é ignorar que esses modelos foram concebidos para funcionar sem Deus.
Além disso, o evolucionismo (mesmo usando um rótulo de “cristão”) exige que a morte tenha precedido o pecado. Mas a Escritura é clara: “Por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte” (Rm 5:12). Se a morte, o sofrimento e a extinção existiam antes de Adão, então o evangelho de Cristo, como o segundo Adão que veio vencer a morte causada pelo pecado, é diluído.
Mais do que isso: o Deus revelado em Gênesis é um Deus de ordem, propósito e perfeição. Já o evolucionismo é fundamentado no caos, na luta, no acaso e na extinção dos mais fracos. São naturezas irreconciliáveis, tentar fundi-las é trair uma ou outra (e quase sempre, é a Escritura que é abandonada).
A desconstrução cultural nasce da rejeição da criação
O abandono do Gênesis literal não fica isolado no campo da teologia. Ele escorre para todas as esferas da vida.
Quando o homem perde seu Criador, ele perde seu valor, seu propósito.
A sexualidade vira construção social, o gênero se torna fluido, o casamento é reduzido a um contrato emocional, a criança ainda no ventre é descartável, a velhice é um peso, a fé é privatizada, a verdade vira “subjetiva”.
Uma fé que começa do começo
Gênesis não é um texto para ser negociado com os pressupostos modernos. Ele é a Palavra do Deus eterno, que criou os céus e a terra, e que sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder.
Quem abre mão de Gênesis, mais cedo ou mais tarde, abrirá mão de Romanos, de João, de Efésios… e do próprio Senhor Jesus Cristo.
Cristãos maduros precisam retomar a convicção de que a Palavra é verdadeira do começo ao fim, precisam recuperar a ousadia de crer contra o fluxo deste século. E precisam preparar a próxima geração com fundamentos sólidos, para que permaneçam firmes quando os ventos da dúvida soprarem forte.
Conferência Éden: Senhor Deus Sobre Ciência e Cultura
Em resposta a essa urgente necessidade, convidamos você e sua família para a Conferência Éden, entre os dias 8 a 10 de agosto, em Brasília.
Será uma conferência inédita, em parceria com o ministério Answers in Genesis, que unirá ciência fiel à Escritura, doutrina sólida e defesa cultural da fé. O foco não será apenas combater erros, mas construir convicções, nutrir a fé e equipar o povo de Deus com discernimento e coragem.
Você aprenderá sobre:
A glória de Deus na criação;
As falhas científicas e teológicas do evolucionismo;
As evidências e implicações do dilúvio global;
Como proteger seus filhos da ideologia de gênero;
Como a cosmovisão bíblica responde aos dilemas culturais atuais.
Entre os palestrantes, teremos Barry Wilmore, astronauta da NASA e cristão confesso; Joe Owen e Arturo Valdebenito, comunicadores e apologetas comprometidos com a suficiência das Escrituras; além dos devocionais com o Rev. Matheus Inácio, da Igreja Presbiteriana Redenção (parceira da conferência), que nos guiará através de Gênesis e sua aplicação prática à vida cristã.
Este é um chamado às famílias, às igrejas, aos pastores, aos educadores, aos jovens: não negligencie o princípio, volte ao Gênesis, arme-se com a verdade, fortaleça suas raízes.
A Conferência Éden não será apenas mais um evento, será um recomeço.




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