Debater Teologia é (na verdade) uma Coisa Boa

Por Michael Foster

Os cristãos têm a ideia de que debates, discussões e disputas teológicas são indignos dos redimidos. Afinal, um servo do Senhor "não deve ser contencioso".

De fato, os crentes não devem ter o caráter do Scrappy Doo. Lembra do Scrappy? A maioria de vocês é muito jovem para isso. Ele era o sobrinho impetuoso do Scooby Doo, sempre pronto para brigar por qualquer questão pequena. Ele se preocupava menos com a substância e mais em provar que era corajoso. Os cristãos não deveriam ser assim.

No entanto, a disposição para engajar-se em batalhas teológicas não deve ser equiparada a um comportamento briguento e ostentador.

As Escrituras repetidamente chamam os cristãos para o campo de batalha. Jesus confrontou as mentiras teológicas de Satanás, dos fariseus e dos saduceus. Paulo não apenas desafiou as distorções dos judaizantes, mas também repreendeu o Apóstolo Pedro. Não devemos esquecer que Judas nos exorta a lutar pela fé. Considere como Paulo descreveu seu ministério:

“Destruímos sofismas e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.” (2 Coríntios 10:5, Almeida Revista e Atualizada)

Os cristãos são chamados a ser combatentes — não devemos ser como o Scrappy Doo. Precisamos permanecer na luta. Ficar à margem mantém os crentes fracos e imaturos.

Em sua Análise das Institutas, Ford Lewis Battles lista quatro fatores-chave para o desenvolvimento das Institutas de João Calvino. O quarto fator é particularmente relevante aqui. Battles explica:

Os oponentes de Calvino, assim como seus amigos, podem ser destacados como um quarto fator no crescimento do livro. Desde Pierre Caroli, que desafiou sem sucesso a ortodoxia trinitária de Calvino, até Michael Servetus, que tentou destruir a doutrina da Trindade e romper o vínculo vivo entre o Antigo e o Novo Testamento, o estímulo de debates muitas vezes acrimoniosos aprofundou a teologia de Calvino de maneira positiva. Enquanto ele navegava pelo labirinto das posições eucarísticas conflitantes, a resposta perceptiva de Calvino aos seus adversários deu uma raiz ainda mais profunda a uma posição já corretamente intuída em 1536. Não há uma página das Institutas onde o debate contínuo com um adversário ou outro não seja evidente.

Debates, quando travados para o Senhor, resultam em uma fé mais profunda e madura. Então, não abandone seu caráter, mas pegue suas espadas.

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Artigo traduzido por Éden Publicações e publicado com permissão de Clear Truth Media.

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Leia o original em inglês aqui.